Para publicação recebemos do Tertuliano José Familiar o texto em baixo.
Entretanto fizemos uma pesquisa na net e encontramos 3 videos que totalizam cerca de 1 hora de imagens deste rali.
RALI COSTA BRAVA HISTORIC 2008
Este ano as expectativas iam, justificadamente, bastante altas. Equipas Portuguesas de luxo que comprovadamente na estrada mostraram que o nosso andamento é de TOP TEM, num ambiente de prova Sport a contar para o EUROPEU de Regularidade, competitividade esta a que não é alheio o trabalho e dedicação das gentes de alguns dos nossos clubes organizadores das provas integradas na já saudosa ClassicCup Sport, aos quais presto um especial agradecimento. Ainda neste contexto, e pelo andar da carroça, espero que a FPAK (???) assuma as suas responsabilidades no terreno, porque no que respeita ao vil metal “eles” já estão aviados, mas ainda não repararam na ingratidão de o Carlos Cruz organizar uma prova que até à data tem meia dúzia de inscritos; até que ponto a indefinição do Troféu da FPAK não tem influência nesta situação? Pela minha parte não estou por ora inscrito porque o 1.3GT Júnior ainda não ficou pronto do Costa Brava, e a Giulia continua o seu processo de reconstrução, para além de não ter tirado a licença de 50€ (como os periceiros) e porque não faz sentido tirar uma licença para um troféu virtual…isto partindo do principio que “Terras do Norte” vai integrar o troféu (como eu acho que deverá ser). Comentários à parte vamos lá fazer um resumo da “coisa”.
Este ano após recebermos o Road Book constatamos algumas diferenças em relação ao ano passado, nomeadamente, algumas PECs (ex: PEC 26) com 20,30 ou 40kms com muito poucas figuras, sem distâncias entre as mesmas (só o total no fim da PEC) com o percurso intercalado entre terra e alcatrão, e para ajudar à festa o Navegador promovido a Bianca Castafiore, pois essas PECs são para fazer com tabelas dadas pela organização, Porreiro Pá, Porreiro!!!
Após isso lá vamos nós para a estrada. O meu ATB “põe-se de burro” e desata a dar “Pis” como se não houvesse amanhã; a estrada para Tossa é um bocadinho revirada e eu vou tentando acompanhar o ATB, vou falando com o Caldeira que me parece que vamos a andar um bocado depressa, mas como o motor está reparado de novo, a minha impressão não é de total confiança que a sensação que tenho esteja correcta e por ali vamos, entretanto ao fazer uma curva temos a surpresa de ver o rabo ao Porsche 914-6… o Caldeira faz uma conta para aí em 4” e… maldito ATB estamos adiantados. Pára tudo, lança-se o Brantz do Caldeira e “bora-lá” que não se passa nada. Eu ainda tinha a esperança que não houvesse nenhum controle mas acabámos por comer 31” por avanço. A seguir fazemos o Kartódromo de Sils à média de 45km/h e zeramos; continuamos a nossa prova até que a partir da 4ª PEC começamos a ouvir um bater estranho por debaixo do carro, vindo da transmissão. Na primeira assistência os nossos rapazes, Telmo e Zé Manuel deitam-se debaixo do carro e… nada. Como o tempo era escasso continuamos com uma preocupação acrescida e a eventual rotura da transmissão no horizonte. Entretanto recebemos as primeiras classificações e constatamos que apanhamos os 31” e estamos no nonagésimo da Geral, o que é sempre uma coisa boa, pois estávamos à frente do Munari. O Terratrip não dava uma para a caixa, ora dava avanço tipo 120mts ou atraso de 80 mts (a este facto não deveria ser alheio o constante vibrar de toda a carroceria), pelo que após cada (poucas) figura compensávamos a distância com metade do erro. Assim fomos até ao fim do dia (5 da manhã) e no dia seguinte constatamos que recuperámos alguma coisinha, arrancando para o segundo dia em 32º da Geral mas com 3 tugas no TOP 10 e mais dois no TOP 20.
Ainda antes de nos irmos deitar, passámos pela assistência da Garatge Internacional, concessionário Alfa Romeo em Girona e que já nos tinha safo em 2006, que levantaram o carro e verificaram toda a transmissão; nada mais podendo fazer naquela altura (até porque pensávamos que o problema era do donut) pois tínhamos que controlar rápido.
À saída para o segundo dia sempre pensei que o carrinho não iria aguentar, mas lá andámos todo o santo dia, com o problema cada vez pior e audível, com troços de terra e bastante puxados, de forma que até parti a protecção de cárter, mas o certo é que aguentou e acabámos o dia em 10º lugar com 263 pontos, o 6º da Geral nesse momento tinha 249 pontos e o 7º com 260 pontos, portanto estávamos com boas perspectivas para o Domingo.
Não resisto a fazer um “suponhamos que” a malta não tem estas pequenas falhas/enganos nas duas ultimas PECs desta etapa, já para não falar no azar do João Queiroz que desiste por quebra do popó na PEC 25 quando estava em 3º da Geral, que o Nuno Rodrigues não encara comigo de frente, o Paulo Grosso contorna a Igreja e o Zé Grosso passa o controle de forma normal:
Nuno Rodrigues: PEC 26, 262-76=186 pts dava 4º lugar
Paulo Grosso: PEC 27, 817-600=217 pts dava 5º lugar
José Grosso: PEC 26, 837-600=237 pts dava 7º lugar
O único que se aguentou foi o João Mexia, que nesta altura contabilizava 229 pontos e o 4º da geral que manteve no último dia, sendo o melhor representante da Escuderia EURORENTLEI Rent-a-car.
À entrada para a última etapa já pensava que o carro aguentaria o ultimo esforço e… enganei-me. Até ao lavar dos cestos é vindima, já dizia a minha avó. Lá ficou o “macho” parado mesmo à porta de iniciar a primeira PEC da manhã, um circuito em terra, pelo que o resto da manhã serviu para ver este mesmo circuito e o citadino.
Em jeito de balanço, cumprimos o principal objectivo que era a diversão e essa tivemos aos cabazes e que está espelhada na evolução da classificação durante a prova. Gostei muito de andar com o António Caldeira, a quem publicamente agradeço ter aceite o repto de ir ao Costa Brava comigo sujeitando-se a ir num carro algo competitivo mas com algumas limitações e fiquei a perceber porque é que o Homem tem um Palmarés daquele tamanho todo, pelo que tentei aprender alguma coisa com quem sabe, e uma das coisas que aprendi é que ainda tenho de “comer muito feijão”!!! Por outro lado ficou assente que temos de lá voltar para matar o borrego mas na Giulia Rally.
Um abraço a todos, e um especial reconhecimento de amizade e camaradagem a todas as equipas que integraram e disputaram este Costa Brava, sendo por ordem numérica de Partida:
17-Datsun 1200 Nuno Rodrigues/Pipa Queiroz
18-BMW 2002tii Joao Queiroz/Marta Queiroz
55-Ford Escort TC Paulo Grosso/Susana Cordeiro
121-Opel Kadett GTE Joao Rodrigues (Titi)/Filipe Fernandes (Fifé)
122-BMW 2002tii Jose Grosso/Joao Sismeiro
123-Porsche 911 Joao Mexia Leitão/Nuno Machado
129-Lancia Fulvia 1.3s Antonio Segurado/Ana Mexia Leitão
Equipa de assistência Telmo Franco/José Manuel
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