Há muito que esta dupla composta pelo Camelo Paulo Marques e pelo seu inseparável navegador João Martins andavam a roçar os lugares cimeiros mas sem nunca terem conseguido o 1º lugar como aconteceu nesta edição do Terras do Norte Boticas 2011.
Foi desta e com todo o mérito.
Parabéns!!!
Parabéns!!!
Mas melhor que nós para contar a história deste prova que o próprio Camelo.
Publicamos a classificação final e algumas fotos do site da Câmara Municipal de Boticas.
Amigos do Ferodo Queimado,
Obrigado a todos, que por aqui e por outros meios me têm felicitado, é porreiro ganhar de facto e vocês são de facto uma das boas razões para praticar esta modalidade! Se isto fosse o facebook carregava já no “gosto memo memo memo disto”.
Desta vez é que foi. E se a quantidade não foi muita, a qualidade da concorrência foi de maneira a não se poder fechar a pestana por um minuto que fosse.
A maior dificuldade deste rally, por contraditório que possa parecer, foi a sua simplicidade. Não era um rally de grandes dificuldades de estrada, as médias eram relativamente acessíveis, não havia rasteiras muito elaboradas. Nem é o nosso tipo de rally favorito, que gostamos e nos sentimos mais vontade nos mais espigadotes, a la Reigne Sainte, par example. Enfim, se alguma vez se pudesse dizer de um rally de regularidade que não é difícil, este era o caso. No entanto era “não difícil” para todos, ou seja, há muita gente a fazer muito bem, e o mínimo deslize pagava-se muito caro em termos de classificação geral. Três ou 4 segundos de penalização num controlo eram quase uma catástrofe, e podiam mexer 3 ou 4 lugares na geral, tão renhidas foram as coisas, como se viria a demonstrar. À excepção dos controlos 4 e 5 (onde algo estava de errado porque toda a gente “comeu” de uma forma esquisita), zeros, uns e um ocasional dois eram a regra.
Desta vez os “ses” foi coisa que não nos aconteceu, logo desde antes do inicio do rally. Corremos um risco e fizemos uma aposta, que pode ter sido decisiva. Como sempre, formos ao troço de calibração sem grandes preocupações de precisão. Quatro ou cinco metros de erro à segunda passagem, e para nós está bom (recordo que a nossa aparelhagem se resume a um básico terratrip, um zingarelho e um relógio, por isso a preocupação ao
milímetro é uma coisa que nos passa um bocado ao lado). Marcamos o valor de calibração, e está feito. Em todos os rallies fazemos isso e depois logo damos uns toques na primeira PEC de prova para ajustar a coisa. Neste rally tive uma epifania e antes mesmo de começar a prova decidi alterar o valor de calibração. O risco compensou e na primeira PEC bateu tudo certinho. De tal modo que não se mexeu mais até ao fim do rally. Os nossos rallies costumam ser sempre de trás para a frente, e desta vez começámos da frente, praticamente. E gostei, de mudar um pouco o desafio dentro do carro: Em vez de o desafio ser reduzir a distancia para os que vão à frente, desta vez foi a de manter/ aumentar a distancia para os que vêm atrás. Não foi nada fácil. À hora de almoço estava tudo encavalitado na classificação, salvo erro tínhamos 8 segundos de vantagem sobre o Jorge Dinis, que tinha à perna, todos separados por cabelos, o Sinel, Rui Pereira e as meninas que fechavam o top 5 a apenas 5 segundos do segundo. No final da tarde, e embora tivesse corrido tudo normal dentro do carro, ou seja benzinho, a vantagem tinha diminuído para apenas 3 segundos sobre o Sinel. Foi benzinho no nosso carro, mas nos outros foi ainda melhor. A expectativa era grande, a noite correu-nos bem, mas com uma diferença tão curta, com toda a gente a fazer tão bem, com os controlos a serem feitos “à unha” e por isso haver a possibilidade de erro humano no picanço, tudo podia ainda acontecer. Foi com estes resultados que fomos para o jantar, e já durante o mesmo o J. Mexia vem informar e dar os parabéns pela vitória, que acabou por ser com vantagem de 5 míseros segundos sobre os afinadíssimos Sinel/Miguel… Mas que custaram a conquistar. As meninas concluíram o pódio a … 1 egundo. O Jorge Dinis/Tiago em 4º, 5 segundos atrás, e o João Mexia, que ( e isto para ilustrar o quão renhida é esta prova) praticamente “limpou” a tarde e a noite e apenas conseguiu recuperar 9 dos 29 segundos que tinha de atraso à hora de almoço e acabou em 5º.
A vitória nas super especiais foi a cereja no topo do bolo. Em Montalegre divertimo-nos quem nem uns perdidos dentro do BMW, e acho que mesmo assim um certo porsche preto bifuel andava a fazer “só” mais 5 segundos por volta do que nós…
Palavras especiais para os team mates João/Ivo, no top 6, Rui Pereira/Filipe Menezes, que deixaram de estar na luta pela vitória já durante a noite, numa daquelas distracções que especialmente neste rally são fatais, e para o Luis Pereira / ECA, que ficaram apeados a seguir ao almoço quando tinham tudo para subir na classificação. Não fossem estes desideratos, e o team Ferodo Queimado/Automotriz estaria a discutir o caneco da vitória por equipas. Palavras também para o Alvaro/Rui Tavares - já têm zingarelho no 1200 e notou-se logo. E estejam atentos às próximas provas do Bruno, dos Ruis, do Miguel… e de mais alguns. Chegaram há relativamente pouco tempo, mas estão desertinhos e têm “unhas” para começar a
Obrigado a todos, que por aqui e por outros meios me têm felicitado, é porreiro ganhar de facto e vocês são de facto uma das boas razões para praticar esta modalidade! Se isto fosse o facebook carregava já no “gosto memo memo memo disto”.
Desta vez é que foi. E se a quantidade não foi muita, a qualidade da concorrência foi de maneira a não se poder fechar a pestana por um minuto que fosse.
A maior dificuldade deste rally, por contraditório que possa parecer, foi a sua simplicidade. Não era um rally de grandes dificuldades de estrada, as médias eram relativamente acessíveis, não havia rasteiras muito elaboradas. Nem é o nosso tipo de rally favorito, que gostamos e nos sentimos mais vontade nos mais espigadotes, a la Reigne Sainte, par example. Enfim, se alguma vez se pudesse dizer de um rally de regularidade que não é difícil, este era o caso. No entanto era “não difícil” para todos, ou seja, há muita gente a fazer muito bem, e o mínimo deslize pagava-se muito caro em termos de classificação geral. Três ou 4 segundos de penalização num controlo eram quase uma catástrofe, e podiam mexer 3 ou 4 lugares na geral, tão renhidas foram as coisas, como se viria a demonstrar. À excepção dos controlos 4 e 5 (onde algo estava de errado porque toda a gente “comeu” de uma forma esquisita), zeros, uns e um ocasional dois eram a regra.
Desta vez os “ses” foi coisa que não nos aconteceu, logo desde antes do inicio do rally. Corremos um risco e fizemos uma aposta, que pode ter sido decisiva. Como sempre, formos ao troço de calibração sem grandes preocupações de precisão. Quatro ou cinco metros de erro à segunda passagem, e para nós está bom (recordo que a nossa aparelhagem se resume a um básico terratrip, um zingarelho e um relógio, por isso a preocupação ao

A vitória nas super especiais foi a cereja no topo do bolo. Em Montalegre divertimo-nos quem nem uns perdidos dentro do BMW, e acho que mesmo assim um certo porsche preto bifuel andava a fazer “só” mais 5 segundos por volta do que nós…
Palavras especiais para os team mates João/Ivo, no top 6, Rui Pereira/Filipe Menezes, que deixaram de estar na luta pela vitória já durante a noite, numa daquelas distracções que especialmente neste rally são fatais, e para o Luis Pereira / ECA, que ficaram apeados a seguir ao almoço quando tinham tudo para subir na classificação. Não fossem estes desideratos, e o team Ferodo Queimado/Automotriz estaria a discutir o caneco da vitória por equipas. Palavras também para o Alvaro/Rui Tavares - já têm zingarelho no 1200 e notou-se logo. E estejam atentos às próximas provas do Bruno, dos Ruis, do Miguel… e de mais alguns. Chegaram há relativamente pouco tempo, mas estão desertinhos e têm “unhas” para começar a
chatear a malta lá mais à frente…
Parece que vou ter de abrir a estrada no 24 horas. Dizem que há muita pressão por ir a abrir a estrada. Em relação a isso, não estou minimamente pressionado. A honra de ter o nº 1 nas portas num rally do quilate das 24H é muito maior do que a pressão, e é um incentivo ainda maior para manter a concentração em alta. É que, agora que sei que gosto e que me diverte andar à frente, o medo é uma cena que a mim não me assiste…
Um abraço
Paulo Marques
3 comentários:
“gosto memo memo memo disto”
Parabéns grandes amigos, sem espinhas, mesmo melhor só se trocasses essa maquinaria bolchevique por um animal de milano.
Quanto á cereja já começa a ser um habito, não surpreende!!!
Assim se confirma mais uma vez q aparelhagem especifica só tem vantagem em rallyes feitos por medida para elas.
Agora venha o proximo, dá-lhe carvão!!!
Muito bom!! Parabéns grandes camelos!! Bela prova, belo texto... ao ler parece que estamos a assistir. Voces transpiram emoção!!
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